A INTERPOL é a maior organização policial e a segunda maior organização internacional do mundo, contando atualmente 190 países-membros. Foi criada em 1923 com o nome de “International Criminal Police Commission” e adotou o atual nome somente em 1956. 

O Artigo 2 de sua Constituição determina que a Organização fosse criada com o propósito de garantir a mútua assistência por parte dos atores através da vinculação de informações entre eles, mesmo onde não existem relações diplomáticas entre os países em particular, com o objetivo de combate ao crime internacional. Também é seu dever desenvolver e estabelecer quaisquer instituições que possam contribuir eficazmente para a prevenção e supressão de crimes.No entanto, como o Artigo 3 deixa explícito, a participação da INTERPOL é totalmente proibida em questões políticas, militares, raciais ou religiosas, e o seu trabalho é de promover que todas as polícias do mundo convirjam para lutar contra os crimes internacionais, desde que a ação seja tomada dentro dos limites das leis existentes nos diferentes países e de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

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No contexto atual, o processo de globalização tem avançado cada vez mais, resultando numa integração de caráter global muito mais intensa e difundida. É indubitável que foram muitas as vantagens, porém, com o fluxo intenso de pessoas, capital e informação, o crime organizado é demasiadamente favorecido, como, por exemplo, o tráfico humano.

Esse tipo de comércio é o mais antigo do mundo e, embora seja ilegal, gera cerca de 117 bilhões de euros por ano (Agência Brasil, 2016). Segundo dados do Parlamento Europeu, em 2016, estimava-se cerca de 21 milhões de vítimas, sendo quase um terço crianças, de acordo com o relatório na UNODC do mesmo ano.

Dados de 2010 e 2012 revelam que, das 10.998 vítimas identificadas e registradas, aproximadamente 68% eram destinadas a trabalho forçado; 22% à exploração sexual e 10% à remoção de órgãos, servidão doméstica, entre outros. As mulheres representam 95% das vítimas de exploração sexual e 71% do número total de vítimas.

A Organização Internacional de Polícia Criminal (INTERPOL) vem se articulando e trabalhando no combate desse tráfico.